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Superar a caduquice

La religión es una superstición que fue creada por la incapacidad de la mente del ser humano para dar respuestas a los fenómenos naturales.

A filosofia é a alternativa pela lucidez em contraposição ao comodismo obscurantista da religião que se nutre do pensamento mágico e irracional para tratar do real. 

Só se escapa da filosofia por tolice ou obscurantismo, e o pensamento mágico/religioso cultiva o obscurantismo, tal como a tolice por nós manter infantilizados diante do real e da vida.

Um traço psicológico importante da atitude ateia: a desconfiança, sobretudo entre os intelectuais, em relação à afetividade, categoria em que normalmente é incluído o "sentimento religioso". A fé se enraíza na experiência interior da presença divina; ora, as ciências humanas nos mostraram quanto a "experiência interior" depende de pulsões, recalques e comportamentos de compensação simbólica que remontam à infância e são totalmente irracionais. Tudo isso ensina a desconfiar de uma fé excessivamente ligada às crises da adolescência, e que muitos rejeitam justamente por isso, uma vez que se alcança o equilíbrio emocional da idade adulta.

Todos os grandes confrontos sobre o direito ao livre-pensar, à liberdade de expressão e de pesquisa tiveram a mesma forma - uma tentativa religiosa de afirmar a mente literal e limitada sobre a mente irônica e investigativa.

As provas que temos indicam que certas especializações começaram a consolidar num número de instituições sociais interligadas: o estado, a propriedade, a família, a religião, a lei, o trabalho (enquanto atividade separada da vida), etc. Este processo aconteceu através da alienação da capacidade das pessoas criarem, individual e coletivamente, as suas próprias vidas, segundo a sua vontade. Esta criatividade alienada cristalizou-se como poder e riqueza concentrados, centralizados nas instituições da sociedade. Fundadas na espoliação da maioria, as instituições são as representações das relações de classe. Com a emergência deste quadro institucional, a sociedade deixa de ser uma rede de relações entre indivíduos de modo a alcançarem as suas necessidades e desejos, e em vez disso torna-se uma rede de relações predeterminadas e institucionalizadas, que estão acima das pessoas e na qual estas devem inserir. Assim, deixam de desenvolver conscientemente técnicas em conjunto, que vão ao encontro das suas necessidades e desejos. Em vez disso, são desenvolvidos sistemas tecnológicos com o objetivo de reproduzir a ordem social institucional, que é em si mesma uma tecnologia burocrática para mediar as relações sociais. As necessidades e desejos dos indivíduos são subordinados a este quadro, e os próprios indivíduos tornam-se peças na máquina social. A sua sobrevivência torna-se dependente desta máquina social, encerrando-os num processo de servidão que pode apenas ser quebrado através de uma ruptura radical com a ordem social, una reviravolta destrutiva das relações sociais existentes, abrindo possibilidade de criar uma nova vida em conjunto.

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