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McMundo

Divirta-se, aproveite, alegre-se, goze... nas condições do capital. Esse cuidado ativista com a existência é tenso, focado em compartilhar o conforto anunciado pela mídia, a partir, porém, de uma dívida insolvente, de uma culpa que nunca poderá ser revertida. Benjamin escreve que o capitalismo é "uma pura religião de culto, talvez a mais extrema que alguma vez existiu", que pode contar com uma duração permanente. Não há trégua nem perdão. A pompa do sagrado do marketing, o ritual do lucro e o consumo são imparáveis. O capitalismo é um culto que requer uma celebração obsessiva. Aparentemente é sempre uma festa - quando na realidade nunca é. Não se distingue mais entre o dia e a noite, em que o tempo é sempre e apenas dinheiro. Se o culto é ininterrupto, é graças à apoteose da dívida. "O capitalismo é presumivelmente o primeiro caso de um culto não expiatório, mas culpabilizador. Não poderia ser diferente para uma religião que não permite salvação e redenção. Sob o céu do capital, resta apenas "o desespero cósmico".


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Socialism and religion

Present-day society is wholly based on the exploitation of the vast masses of the working class by a tiny minority of the population, the class of the landowners and that of the capitalists. It is a slave society, since the “free” workers, who all their life work for the capitalists, are “entitled” only to such means of subsistence as are essential for the maintenance of slaves who produce profit, for the safeguarding and perpetuation of capitalist slavery. Religion is one of the forms of spiritual oppression which everywhere weighs down heavily upon the masses of the people, over burdened by their perpetual work for others, by want and isolation. Impotence of the exploited classes in their struggle against the exploiters just as inevitably gives rise to the belief in a better life after death as impotence of the savage in his battle with nature gives rise to belief in gods, devils, miracles, and the like. Those who toil and live in want all their lives are taught by religion to be sub...

Why am I not christian

As falsas previsões proféticas apenas têm o poder sobre aqueles que foram condicionados a crer sem base na evidência e sobre aqueles segundo o nível de instrução é espantosamente carente de teoria materialista. É como se um rei arcaico falasse e suas palavras mostrassem como verdadeiras, seja como ordens, bênçãos ou maldições que poderiam fazer acontecer, magicamente, o que elas tendem a demonstrar. Acredita-se por medo a constatação imperativa da profecia paterna que remete ao obscurantismo e ao domínio subjetivo e ao triunfo geográfico ou a "experiência divina" revela o conformismo absoluto que está implícito. Em ambos os casos, a fragilidade dos crentes que concordam sem resistência extrai a crueldade do representante (muitas vezes um semi-letrado) em extrair satisfação, vaidade e dinheiro da ilusão, ou seja, de enriquecer e ganhar poder por meio da mentira.
A religião libera o homem da difícil tarefa do pensamento, ao oferecer explicações fáceis e cômodas para todos os fatos e ao desobrigá-lo de submetê-lo ao controle da experiencia e da interpretação histórica. O mesmo acontece com o ocultismo que promete uma verdade instantânea sem exigir esforço da razão.