Saddam Hussein colocou na bandeira iraquiana as palavras "Allahuh Akhbar" - "Deus é grande". Ele financiou uma gigantesca conferência internacional de guerreiros santos e mulás, e manteve relações calorosas com o outro grande Estado financiador da região, o governo genocida do Sudão. Ele construiu a maior mesquita da região e a batizou de "Mãe de todas as batalhas", com direito a um Corão escrito com sangue que ele alegava ser seu. Quando iniciou sua própria campanha de genocídio contra o povo (majoritariamente sunita) do Curdistão - campanha que envolveu o uso contínuo de armas químicas e o assassinato e a deportação de centenas de milhares de pessoas - ele escolheu o nome de "Operação Anfal", conseguindo com esse termo uma justificativa corânica - "Os despojos" da sura 8 - para espoliação e a destruição de não-crentes. Quando as forças da coalizão cruzaram a fronteira do Iraque, encontraram o exército de Saddam se dissolvendo como um cubo de açúcar em chá quente, mas se depararam com uma resistência tenaz de um grupo paramilitar chamado Fedain Saddam, reforçado por jihadistas estrangeiros. Uma das tarefas do grupo era executar qualquer um que aplaudisse publicamente a intervenção ocidental, e alguns enforcamentos e mutilações públicos logo foram registrados em vídeo para que todos vissem.
As falsas previsões proféticas apenas têm o poder sobre aqueles que foram condicionados a crer sem base na evidência e sobre aqueles segundo o nível de instrução é espantosamente carente de teoria materialista. É como se um rei arcaico falasse e suas palavras mostrassem como verdadeiras, seja como ordens, bênçãos ou maldições que poderiam fazer acontecer, magicamente, o que elas tendem a demonstrar. Acredita-se por medo a constatação imperativa da profecia paterna que remete ao obscurantismo e ao domínio subjetivo e ao triunfo geográfico ou a "experiência divina" revela o conformismo absoluto que está implícito. Em ambos os casos, a fragilidade dos crentes que concordam sem resistência extrai a crueldade do representante (muitas vezes um semi-letrado) em extrair satisfação, vaidade e dinheiro da ilusão, ou seja, de enriquecer e ganhar poder por meio da mentira.