A nacionalidade é uma ficção não apenas absurda, mas perigosa. A ideia patriótica, bem como a ideia religiosa são superstições que a burguesia inventou para conduzir e domar o povo. Para explorar a seu bel-prazer as classes operárias e para fazê-las pacientar, ela os acalenta com a esperança de uma vida mais feliz no outro mundo. E quando esse meio já não basta, quando vê que ela tudo espremeu e sugou o que chama desdenhosamente de populacho, que a fera enlouquecida e faminta necessita de uma presa, ela a lança sobre um outro povo e lhe faz voltar contra seus irmãos as armas que só deveria empregar contra seus opressores.
O. K.