Na juventude da república norte-americana - que se orgulhava de estar mostrando o caminho da liberdade - o contraste entre a intenção nobre a e realização mesquinha tomou uma forma especialmente repulsiva: o aumento da escravatura e do tráfico escravocrata, que fôra abolido até na Europa monarquista. A corrupção mental e moral que engendrava estendeu-se às organizações religiosas, e quase todas santificavam a escravidão. Justificavam-na através de textos bíblicos, assim como mediante alegações racistas sobre a inferioridade africana até com explicações "práticas" pois embora moralmente não pudesse ser tolerada o fato é que os escravos eram "propriedade privada"; violar o princípio da propriedade privada significava abalar o principal suporte da civilização.
Sidney Finkelstein