O século XVIII ofereceu a primeira crítica sistemática da religião como projeto de poder. O magnífico Diderot, editor junto com d'Alembert da Encyclopédie, mais assediado pelos jansenistas do que por seus onerosos editores, incluiu numa de suas acepções a seguinte definições de Fanatismo: é um fervor cego e apaixonado brotado da superstição, que causa ações ridículas, injustas e cruéis; não só sem vergonha nem remorso, mas com uma espécie de gozo e satisfação. O fanatismo, por consequinte, é a superstição em ação.