Pode lá haver patriotas, se há na vida humana um choque formidável de interesses, uma confusão latente de transações, um vaivém ininterrupto de venha a nós, um contraste flagrante em tudo o que se nos depara à vista e à imaginação?
O que há não é patriotismo, propriamente dito. Há, sim, a necessidade de segurança dos bens da classe alta e uma falta demonstrativa de raciocínio apurado, no gentio apalermado e infantil que compõe a classe baixa.
A idolatria não é senão um estado mórbido de compleições místicas. Logo, se a bandeira - como as imagens religiosas - é um ídolo, o que vêm a ser os que a idolatram?