O desenvolvimento de um gosto público massificado faz com que a literatura receba pressões de uma sociedade acrítica. Sendo assim, seu nível de problematização fica rebaixado ao gosto de um público medíocre e sem consciência. Pois, de que outro modo a literatura teria armas para concorrer com a produção de audiovisuais sem conteúdo revolucionário ou mesmo com um péssimo roteiro?
O Tratado de ateologia, de Michel Onfray não vende tanto quanto cerveja ou agenda de sermões e orações. Fabricaram ao seu bel prazer (experimento neoliberal) um público cego para uma sociedade de plástico. Imaturidade, fake news, religião, farsa nacionalista, entretenimento, são mentiras do cotidiano que sustentam o calendário judaico-cristão dos pobres "escravos de deus". Tal sistema funciona apenas para os bajuladores.
Na periferia do capitalismo se tornou impossível realizar a utopia de uma sociedade de gente de letras.
Dom Sathanas