A perspectiva evolucionária sugere que as proposições seguintes poderão ser verdadeiras ou servir como hipóteses de trabalho plausíveis até conseguirmos um conhecimento melhor do cérebro.
1. A estupidez é parcialmente genética e parcialmente adquirida.
2. A porção genética da estupidez encontra-se programada em todos nós, consistindo no "comportamento mamífero típico". Quer isto dizer que o sistema nervoso humano se encontra ligado em piloto automático, à semelhança do sistema nervoso intimamente relacionado com o nosso que é o do chimpanzé, ou do sistema nervoso mais remotamente relacionado que é o da vaca.
À semelhança dos primatas selvagens, também os primatas domesticados preferem ser guiados por um macho alfa. Quanto mais essa figura se aproxima do arquétipo primordial - isto é, do babuíno mais temperamental do bando - com tanto maior fervor o seguirão os outros primatas. (Isto explica a de outro modo inexplicável elevação ao poder de tipos tão distintamente sub-humanos como Mussolini, Nixo, Hitler, Stalin, Trump e Bolsonaro. É a seguinte lógica primata: "se ele é assim tão mau, os outros bando primatas vão morrer de medo".)
Após haverem encontrado um macho alfa que os lidere, os primatas domesticados procuram então um bode expiatório sobre o qual possam lançar as culpas dos seus problemas. Procedem assim porque a resolução dos problemas requer inteligência e neste planeta existe ainda muito mais estupidez do que inteligência.