É mais prudente não demonstrar a inteligência na sociedade brasileira. Sua capacidade de raciocinar acima da média pode representar uma ameaça aos senhores feudais.
O brasileiro fala como a massa. Sobretudo, existe certa classe média baixa de espírito que carece de pudor e em nome de seitas fala de um nós abstrato que em nada corresponde no lugar de um eu.
Ser estúpido ou ser mais estúpido que o natural eis a questão para o terceiro mundista. Na periferia do capitalismo, ganha-se fama sendo estúpido e muito dinheiro com a estupidez. Hoje a estupidez é publicamente reverenciada e fábrica telespectadores e usuários sem consciência crítica com muito mais profundidade.
O brasileiro é uma paráfrase de si mesmo capaz de enunciar sem a menor vergonha: eu não sou mais estúpido do que os outros.