O "presidente" Jair Bolsonaro negou desde o início da gravidade da Covid-19, se contrapôs a medidas de isolamento social e defendeu o uso de um medicamento cuja eficácia não foi comprovada. Nesse contexto, o presidente vê a aprovação a seu governo crescer, entre outros fatores, pela popularidade do auxílio emergencial. Como o senhor avalia esse quadro?
Ora, a maior parte da população brasileira é pobre por razões que ela desconhece. Esse desconhecimento abre enorme espaço à manipulação. A grande mídia fragmenta notícias e cria um mundo falso e enviesado. A religião evangélica, quando se organiza como partido político, pretende se aproveitar dessa ignorância construída e volitiva para fabricar um consenso reacionário e fundamentalista no País. Isso abre enorme espaço para um uso instrumental da pobreza da qual Bolsonaro é a expressão máxima.